quinta-feira, 28 de maio de 2009

Sua psicologia está errada: ficar todo mudo fica!


“Eu sou de ninguém, eu sou de tudo mundo e todo mundo me quer bem, eu sou de ninguém, eu sou de todo mundo e todo mundo é meu também”


Hoje em dia se você “já sabe beijar de língua e já sabe aonde ir, só resta sair”, como diz os Tribalistas. Mas beijar na boca e saber sair de casa é saber o que realmente quer? Se for, tem uma galera com 12 anos que sabe mais o que quer da vida do que eu. A moda é beijar na boca, ser de todo mundo e não ser de ninguém? O pessoal do tempo antigo passaria mal ao ver como os jovens de hoje se comportam. Mas tente entende-los (sem apologias, eu vou explicar o raciocínio). Quando você é de ninguém e de todo mundo, você não sofre, não se apega e fica tudo em paz. Assim vai levando a vida, curtindo com o errado enquanto não acha o certo.(O duro é se o certo aparecer quando você estiver com errado e ai “bal-bal”). È assim que funciona, pra que ser só de alguém? E se esse alguém para de gostar gente? Ai tem o João, o Pedro, o Henrique (No caso dos meninos, a Maria, a Joana, a Lúcia), pra afogar as mágoas. Nossa sociedade tem medo do afeto, do amor, carinho, da vivência, da entrega e cumplicidade. Quando você não tem um compromisso firmado com niguém, não cria expectativas na pessoa, dificilmente algum ato de libertinagem seu irá fazer com que o outro não lhe queira bem. Por isso é melhor “ser de ninguém e todo mundo te querer bem” (?). A mesma música que me fez querer escrever sobre o assunto, em sua letra há uma referência sobre a televisão. “Não tenho paciência para a televisão Eu não sou audiência para a solidão”, voltamos ao velho ditado quando os pais tinham uma penca de filhos. “Vocês não tem TV”?. Com a programação precária da nossa televisão brasileira, resta apenas sair de casa ou fazer uma festinha em casa mesmo. Jovens, adultos e jovens senhores estão sempre se reunindo para tomar uma geladinha e jogar conversa fora. Essa reunião ao mesmo tempo que fortalece os laços da amizade e faz nascer novas amizades (coloridas). Um amigo que leva outro amigo que leva outro e a turma vai crescendo e as pessoas vão se “entrelaçando”. “Tô te querendo como ninguém. Tô te querendo como Deus quiser. Tô te querendo como eu te quero. Tô te querendo como se quer”. Essa parte é a mais difíciil de decifrar ao meu entender, porém a mais interessante. É incrível como as pessoas se comportam de forma singular quando estão com alguém. O casal diz: eu te quero como ninguém mais, (só hoje e quem sabe amanhã). As pessoas durante um encontro agem de forma única e tão verdadeira que chegam a parecer um conto de fadas. Só que esse conto acaba no fim da noite com um “beijo, me liga!!!”. Na verdade está embutido nessa frase: Foi um prazer e até quem sabe....ou melhor, “Tchau, I have to go now....tchau”!!!

quarta-feira, 27 de maio de 2009

“Pra que etiqueta, ter boas maneiras, se estamos do lado de cá da fronteira”.


“Pra que conteúdo, se a casca é bacana, a foto é perfeita, o riso é sacana. O mundo é blasé, pró seco rose”. (Banda Chicas)

A população ocidental acha um absurdo a cultura dos orientais, as relações familiares, políticas e afetivas. Porém o lado de lá é milenar, e logo deveria ser mais evoluído, porém aos olhos ocidentais eles são um povo atrasado. Com a novela “Caminho das Índias”, a cultura indiana está em alta. Além da Índia, outros paises do oriente tem se destacado com a China que tem mostrando o porquê será a “grande potencial mundial” (eu penso que sim).

A cultural oriental tem invadido as casas através dos desenhos Pokémon, Digimon, Dragon Ball, Dragon Ball-Z e curtas metragens como Power-Rangers e Cavaleiros do Zodíaco. Não adianta negar, o mundo globalizado está misturando as civilizações.

As mulheres usam as bijuterias do lado de lá, a população em geral usa dos provérbios e reflexões em busca de um equilíbrio, enquanto eles comem o Mc Donald’s produzido do lado de cá .Essa reflexão me fez lembrar a música Geração Coca-Cola do Legião Urbana “Quando nascemos fomos programados a receber o que vocês nos empurraram com os enlatados dos U.S.A., de nove as seis. Desde pequenos nós comemos lixo comercial e industrial. Mas agora chegou nossa vez. Vamos cuspir de volta o lixo em cima de vocês”.

A cultura da Índia é uma das culturas mais antigas que conhecemos. Alguns afirmam ter mais de quatro mil anos. A cultura indiana antiga dividia a sociedade em quatro categorias de ofícios e quatro de idades. Esse sistema tem o nome de Sanatana Dharma. Tal aspecto cultural gerou diversas distorções na sociedade contemporânea e apesar de oficialmente banido, continua sendo infamemente praticado.

Um exemplo são os Dalits, que para a cultura indiana, representa uma classe de cunho inferior, tida como impura. Eles fazem os trabalhos considerados mais desprezíveis: recolha de lixo e coveiros. Uma pessoa de classe superior ao dalit jamais pode ter contato com um dalit. Por isso chamados de intocáveis. Dalits só se relacionam entre si. É uma classe marginalizada pela sociedade.

Hipocrisia é dizer que eles são um povo atrasado e preconceituoso e que fazem coisas do “arco da velha”, como dirá minha avó. Não pasmem, eu vou me explicar. Os indianos tem preconceito em relação aos dalites, equivalentes os mendigos e favelados. Alguém se arrisca a dizer que não existe preconceito em relação à eles? Na Índia os casamentos são arranjados, eles afirmam que o casamento é como uma panela de água, quando casam a água está fria, e aos poucos vai esquentando até borbulhar, eis é o amor. Aqui os casamentos são feitos com a água pelando e depois a água esfria tanto que não se perde só amor, mas o respeito, o que foi conquistado junto até que o casamento chegue ao fim por conta de uma relação intolerante (deixo claro, não estou generalizando, mas temos ao nosso redor vários exemplos).

Talvez devêssemos dar mais atenção para esses povos, ao invés de simplesmente acha-los bizarros e desumanos quando um homem bomba busca seu paraíso com suas sete virgens. Não se compara, e longe de fazer apologia a qualquer tipo de crime, mas aqui vemos cada coisa ser feita por sete virgens...Esses povos tem certas crenças que foram arraigadas desde o nascimento. Quem está certo quando o assunto é cultura, religião e costumes? Desde que não se prejudique o próximo, todos estão certos. E os povos da África? Isso é assunto para outro artigo.

quarta-feira, 13 de maio de 2009

“Ser mulher é algo difícil, já que consiste basicamente em lidar com homens”.




Quantas vezes você abandonou alguém com medo de ser abandonado?Quantas vezes você não se entregou ao amor com medo de perder o controle?


Leidiana Palma
A mulher, que antigamente queria segurança no casamento, hoje procura amor. O grande medo do homem moderno é amar e ser amado. Eis o dilema do ser humano que é querer viver um grande amor e ao mesmo tempo procurar destruí-lo. Esse receio, como diria Shakespeare, “nos faz perder o bem que poderíamos conquistar se não fosse o medo de tentar”.
Os homens esperam que as mulheres se comuniquem racionalmente como eles o fazem. As mulheres, por sua vez, esperam que os homens se sintam e se comuniquem da mesma forma que elas. Assim esquecemos que homens e mulheres são diferentes e por consequencia agimos diferentes. Por isso nossos relacionamentos vivem rodeados de conflitos.“Supomos erroneamente que se o(a) nosso(a) parceiro(a) nos ama, vai reagir e se comportar de certa maneira? As maneiras que nós reagimos e nos comportamos quando amamos alguém”. (Livro – “Os homens são de Marte e as mulheres são de Vênus”). Os homens são motivados quando percebem que são necessários, enquanto as mulheres se motivam por serem mimadas. Quer conquistar o amor de uma mulher? Ignore-a. É verdade. As feministas que me desculpem. Como diria Sócrates, “o ideal no casamento é que a mulher seja cega e o homem surdo”. Se fosse fácil o relação homem/ mulher Drummond não teria escrito: “amar o perdido deixa confundido este coração. Nada pode o olvido contra o sem sentido apelo do não. As coisas tangíveis tornam-se insensíveis à palma da mão.
Mas as coisas findas muito mais que lindas, essas ficarão”.
Admiração é o encontro de cada um de nós com o que há de belo no outro. Um dia me falaram que mais do que amor pelo parceiro, era preciso ter admiração. Confesso que sigo essa linha de raciocínio; porque esperar pelo príncipe encantado num cavalo branco e sentir borboletas batendo asas dentro da gente é conto de fadas. Precisamos de coisas mais palpáveis, coisas reais. As mulheres procuram ilusões, pessoas que não podem ser tocadas, amores platônicos. Talvez seja um refúgio. O homem não, ou ele entra para consagrar ou ele acha que vai dar certo e ponto. Poucas pessoas suportam a solidão, porém vivem com medo da rejeição. Então, a saída é ficar no ponto de equilíbrio entre a solidão e um grande amor, no qual há a sensação de que tudo está bem. A mulher coloca um ponto final quando não ama mais. O Homem quando não aguentam mais. “Amar não é viver assustado, procurando adivinhar o que o parceiro quer para obter sua aprovação, ou temendo o seu mau humor. O verdadeiro amor nos dignifica e nos dá a real dimensão do nosso valor”.(Livro – “Amar pode dar certo”).
Pra quem leu “Porque os homens fazem sexo e as mulheres fazem amor”, vale lembra de um trecho onde explicam que a mulher tem visão ampla enquanto o homem tem uma visão fechada. Ao chegar em uma festa a mulher percebe logo aquela linda mulher no fundo do salão com o vestido vermelho com uma rendinha na barra. Ai, solta a infeliz frase. – Você esta olhando pra ela né? Ele, sinceramente diz. –Ela quem? - Não se faça de bobo, a de vermelho no fundo do salão. O homem olha pra trás pra ver quem é e leva um beliscão enquanto a mulher diz: - Vai, olha mesmo!
Em “As mentiras que os homens contam” de Luiz Fernando Veríssimo ele retrata esse mundo complicado e perfeito dos homens e mulheres. Um conto que tenho apreço é pelo marido que perde a aliança.“Ele teve que parar na estrada para trocar o pneu do carro, e como sua mão estava cheia de óleo, a aliança escorregou, sem querer ele chutou, ela foi para o meio do asfalto e um carro a jogou para dentro de um bueiro. Com medo de contar essa história para a esposa, que obviamente não acreditaria, ele diz que estava no motel com outra mulher e a aliança caiu no ralo da banheira. A reação da esposa? Perdoou, pois pelo menos ele disse a verdade”. Engraçados como as coisas poderiam ser mais simples se homens e mulheres entendessem uns aos outros. Tenho muitos amigos homens e converso com eles sobre relacionamentos e vejo o quanto a mulher fantasia em cima de uma simples declaração ou gesto. “Os homens erroneamente oferecem soluções e invalidam sentimentos enquanto as mulheres oferecem conselhos e orientações não-solicitados”.(Livro- “Os homens são de Marte e as mulheres são de Vênus”).
Quando duas pessoas estão empenhadas em ter uma relação saudável e gratificando ambas, fazem mudanças e concessões. Ninguém é referência de felicidade pra ninguém. Leonardo Boff em sua sabedoria disse: “os maiores inimigos do amor são o medo e a indiferença. O medo estiola a pulsação vital e transforma o amor em angústia. A indiferença supõe a morte do amor”.
Mesmo assim acho que acreditar no amor vale a pena. Termino esse lamento com um poema do Mário Quintana. “Quero, um dia, poder dizer às pessoas que nada foi em vão... que o amor existe, que vale a pena se doar às amizades, às pessoas, que a vida é bela sim e que eu sempre dei o melhor de mim e que valeu a pena”.