terça-feira, 8 de maio de 2007

O Loirinho mais popular do colégio........

Não era só mais um menininho loirinho, dos olhos verdes, que usava os apetrechos mais legais, não era apenas o mais popular, o que morava ao lado do colégio, que tinha a mãe mais bacana, os irmãos mais legais. Ele era diferente e igual; é o Gabriel. Mas Gabi não chamou atenção do mocinho popular, ela era extravagante, estupefata demais para o menino meigo. Logo, ele se apaixonou pela menina mais meiga da sala, Thais.

Gabriel só falava “oi” pra Gabi e sentava na mesma mesa porque ela andava com a turma da Thais. Não que fossem amigos, mas ela tinha que ter uma “turma” que não fossem os meninos da mesinha de castigo. Mas Gabi não se aproximou de Thais e sua turma por causa de Gabriel, fora mera coincidência do acaso. Uma boa coincidência.

Gabriela não se sentia à vontade com aquela turma, parecia não ser bem vinda. Ela nunca era cutucada para ouvir os comentários. “Ai como o Edgar é um idiota né, ele se acha lindo com aquele cabelo... rs” ou “Odeio a Patrícia, ela é muito cheia de coisa, tem tudo, ai que raiva”. Nem convidada para as festinhas de aniversário ridículas e cheias de coisas gostosas e enfeites maravilhosos. Também ela não era popular, nem meiga, nem nunca pensara em ser representante de sala ou puxa saco. Não traria benefícios.

Mas Gabi não se deixava abater, não tinha vergonha de mostrar o quanto “amava” o Gabriel. Um dia, estavam todos brincando no pátio do colégio, corriam pra cá, pra lá e gritavam como toda criança faz. E Gabi fazia também, mesmo sem entender o porque de tudo aquilo. No meio de toda essa correria, ela resolveu correr atrás de Gabriel para lhe roubar um beijo. O menino quando perceberá o ocorrido, correrá mais ainda pra longe da menina. Ela achou graça, sentiu poderosa e deixou-o correr sozinho depois!!

Afinal de contas, quantas meninas colocam medo nos meninos? Mas ela colocava medo não por ser feia, não isso não. Gabriela era a menina mais bonita da sala. Mas também era a única com uma bicicleta do Rambo que não parava quieta um segundo e dava sacolada nos meninos atrevidos que cruzavam seu caminho.

Gabi era tão bonita que fora chamada, nos dois anos que estudou no colégio, para ser a “Rainha da Primavera”. A diretora chegou a ir pessoalmente à casa de Gabi, já que a mãe não aparecera mais na escola, pedir à mãe que deixasse a menina representar o colégio. Nessa ocasião não teve votação e ela simplesmente fora a escolhida. Porém nunca deu o ar da graça, nem sentiu o gosto de ser querida por todos e chamar atenção por outro motivo que não fosse suas artes. Sua mãe simplesmente disse que não deixaria, pois “não tinha dinheiro para comprar a roupa de rainha”. Infelizmente a diretora fora embora, triste, mas não tinha o que fazer. O episódio se repetiu igual no ano seguinte, e Gabriela sofreu duas vezes.

Gabriela, não era meiga, nem popular, mas era brava...................

quarta-feira, 2 de maio de 2007

Primeiro dia de escolinha de Gabriela.........

Toda feliz e não via a hora de ir com seu uniforme e sua lancheira nova. A lancheira fora comprada em um mercado perto de sua casa, não era nenhuma sétima maravilha; Mas também não se igualara a bicicleta do Rambo.Chegara o grande dia. Gabriela tomara seu banho e fora linda e reluzente para a escola.
"A mãe fizera questão de levar a menina que, apesar de não ter 6 anos completos, de tão pequena parecia mais nova, mas, ao mesmo tempo carregava uma expressão de uma menina mais velha. Essa dualidade acompanharia Gabriela até o fim de sua vida"
Chegando a escola a pequena esperta disse: “Pode ir agora mamãe, não preciso mais de você”. Ela precisava sim, por toda a eternidade, mas, naquele momento queria mostrar que conseguia se virar sozinha. A mãe fingiu ter ido embora, mas ficou a observar a menina de longe. Desinibida, como se conhecesse a todos, não ficou num canto quieta, falou logo oi pra todos que estavam em sua volta.
O que chamou a atenção de Gabriela fora um loirinho, com cabelo escorrido na testa que chorava sem parar e não desgrudara da saia da mãe. A mãe daquele menino, que mais tarde teria uma historia intrigante, passou dias indo com ele a escola e ficando na sala para que o loirinho da garganta afiada pudesse aprender a ler e escrever.
A professora era jovem, porém um pouco a cima do peso, mas isso nem ficou processado na cabeça da menina, apenas que a professora não deveria gostar muito dela. Afinal de contas a macinha de moldar que chegará fechada no inicio do ano, permanecera da mesma forma. Toda quinta-feira era dia dos amiguinhos reunirem-se pra brincar com massinha, fazendo aquelas coisas “lindas” que toda criança faz. Porém Gabriela nunca teve essa oportunidade, ficava sempre de castigo na mesinha mais baixa e feia da sala rodeada por mais três coleguinhas, HOMENS. Talvez isso explique a falta de aptidão pra algumas coisas, o desinteresse por outras e a força excessiva nos braços.
A mãe de Gabi nunca mais a levou na escola, só no primeiro dia, ela deve ter levado a sério mesmo essa historia de que “não preciso mais de você”. Já que os pais foram ausentes em toda sua vida escolar. Tanto faz se a garota estivesse no primeiro ou no último ano, eles não saberiam ao certo. E o que sabiam era apenas que 10 é bom e 0 ruim. Mas a menina era esperta o suficiente pra sempre ir e voltar de qualquer lugar sozinha, mudava o caminho, demorava, parava pra brincar, chegava em casa tarde, mas chegava.
Pensando bem, a mãe voltara à escola sim, para as reuniões onde as professoras diziam. “Ela é inteligente, educada, mas não pára quieta um minuto”.
Gabriela passou poucos anos naquela escolinha, mas tempo suficiente pra encontrar o seu primeiro amor....................

segunda-feira, 23 de abril de 2007

A partir de hoje será contada a vida de Gabriela...através de contos que relatam fases de sua vida!!!!!!

Bem vindos ao Mundo de Gabriela!




Quando Gabriela nasceu, “nenhuma nuvem pelo céu se via, a natureza plácida sorria”. Gabriela era igual e diferente aos demais bebês concedidos naquele ano, fora planejado e esperado, vindo de uma família simples, porém sobrava-se amor naquele lar. Seu pai quando a viu pela primeira vez disse “é essa mesmo?” a falta de experiência fez o jovem homem ser sincero ao ver o bebê. Diferente, a mãe sorriu e disse não ter visto coisa mais linda em toda sua vida.
Saindo do hospital com aquele ser todo enrolado, de forma exagerada, entre mantas, os pais não sabiam o que fazer agora. Mais uma vez o inexperiente pai comprou vários lacinhos, de todos tamanhos e cores, mas Gabriela não tinha cabelo, fora preciso colar com sabonete os enfeites na cabeça da menina. Ao chegarem em casa, o primeiro grito de socorro foi para a avó materna que cuidou da criança com muito carinho e ensinou a mãe que ficava aflita só de olhar o jeito que a senhora segurava o bebê. Parecia um rolo de pano sem qual deveria ter cuidado, jogava pra cá, pra lá......era apenas o sentimento de mãe que gritava naquele momento, mãe protetora que não quer que ninguém chegue perto de sua cria.
Como todo tempo de toda pessoa.....os anos passaram rápido naquela família e Gabriela já brincava por entre os grãos de areia do quintal de sua casa. Ouviram gritos de alegria quando a menina andou sozinha em sua bicicleta, agora sem rodinha. Não era nenhuma bicicleta perfeita, cheia de fluflus e parnafenália, era uma bicicleta preta, máscula, com desenho do Rambo, o super-herói norte-americano. Nada e tudo a ver com a doce, porém estabanada criança.
Muito meiga desde cedo, era vaidosa como a mãe, porém preferia sua bicicleta do Rambo á suas bonecas que a essa altura já estavam todas destruídas. Talvez a sua agressividade com as pobres pequenas emborrachadas, fosse uma carência que sempre lhe acompanhara, durante toda sua existência.
Chega o grande dia...o dia em que Gabriela vai a escolinha pela primeira vez.......
Para estrear esse blogger vou postar dois textos antigos.....porém dos quais eu gosto muito !!!!!

Mudança de Hábito

A gente só percebe que a vida mudou quando você começa comer miojo. Só fui entender o verdadeiro sentido do miojo depois de um ano morando fora de casa. Antes eu não via razão na pergunta “E ai comendo muito miojo?”. Ate então, essa nova invenção não fazia parte do meu vocabulário. Só comecei a perceber a importância do macarrão instantâneo na minha, na mais profunda solidão. Esse macarrãozinho pode ser seu melhor amigo nas horas mais solitárias da vida, sendo a oitava maravilha do mundo, porém ele me fez ver o quanto eu era preguiçosa, cozinhava mal ou apenas não tinha muito tempo para “coisas pequenas” da vida (fazer comida). O miojo pode lhe causar sentimentos mais profundos, como a saudade. È só eu colocar aquela gororoba na boca que logo lembro da minha mãe e vejo o quanto ela é importante e faz falta. Como pode um pacotinho tão barato fazer tanto estrago e ao mesmo saciar minha fome e me fazer companhia?!!! Não sei. Mas talvez a resposta dessa pergunta seja a mesma que as pessoas esperavam de mim ao me perguntarem se eu comia muito miojo.Tudo ia bem, até o dia que eu percebi que não sabia cozinhar feijão, por que eu tinho medo de panela de pressão. Juro que esse medo eu não sabia que existia em mim. O miojo também faz aguçar o sentimento de medo!No primeiro ano de faculdade, eu ia pra minha casa em minas de 15 em 15 dias quando não toda semana, e sempre trazia comida. Em outras ocasiões minha companheira de quarto fazia a comida e eu lavava a louça. Sempre preferi lavar louça a cozinha. Mas no segundo ano de faculdade tudo mudou.Devido aos horários diferentes e as inúmeras atividades, estabelecemos novas regras em casa. Como por exemplo: Cada um faz sua comida e lava a sua louça. Ou seja, comecei a comer mal, muito mal.Pra ajudar eu não volto pra casa nenhum dia da semana, o que me faz comer na faculdade um salgado ou levar um sanduíche “natural” que eu mesma faço. Tem horas que eu não aguento mais comer isso, um dia deixei meu sanduba pela metade, só de olhar pra ele me dava náuseas. Ai você me pergunta. “Por que não come em restaurante?” E eu lhe respondo com outra pergunta (como só os idiotas fazem, segundo o Chaves). Por um acaso você imagina o quanto eu gastaria para comer todos os dias em um restaurante??????? Afinal, universitário é tudo duro.Ai me resta seguir a vida assim. E recompensar no meu café da manha. Comer frutas, leite, suco, queijo................Como um simples miojo pode mudar a sua vida hein?!!!!! O pior é quando você descobre que tem a capacidade de fazer um miojo incomivél. E Que consegue esquece-lo no fogo. Coitado do mijo virou papa!!!!!! Bom acabo o meu texto por aqui, pois tenho que ir lavar a panela na qual fiz o miojo. Deixei grudar o infeliz do macarrão na panela, por cozinha-lo de mais.


A BETERRABA

O que uma beterraba faz vcs lembrarem???????????
Até ontem uma beterraba não me lembrava nada, agora ela lembra a minha Mãe.
Vou contar uma estorinha.Ontem antes de vir para Campinas eu estava arrumando as minhas coisinhas, entre elas comidinha Rs. A minha mãe cozinhou beterraba para eu trazer.Eu peguei a beterraba, cozida e cortei em 4 pedaços e coloquei em uma vasilha.Minha mãe disse para eu aproveitar que o alimento ainda estava quente para descascá-lo que era mais fácil.Mas eu disse que não ,que estava bom, depois em casa eu dava um jeito.Ela ficou indignada ao ver o que eu fiz com a coitada da beterraba, ficou um monte de pedacinho no potinho tudo amassado. e com casca
Ao chegar em campinas, fui jantar e ao abrir o pote de beterraba, SURPRESA....não era a mesma que eu tinha arrumado.Havia beterrabas descascadas e picadas em rodelas, prontas para comer.....Eu quase chorei......Não pela Beterraba mas pelo fato da minha mãe ter feito o que eu não fiz por pura preguiça e mais ela ficou com a "farofa " de beterraba que eu fiz e deu as delas pra mim.....E melhor, nem falou nada.
Amem as suas mamães, pois elas são demais e fazem de tudo pela gente
E amem as beterrabas, pois elas fazem bem para saúde!!!!!!!!!!!!!!!